Aconteceu no CIJ: Semana Nacional do Migrante 2019
Uma parceria entre migrantes,
Pastoral do Migrante, Centro MAGIS Inaciano da Juventude (CIJ) e as Paróquias
Cristo Rei e Nossa Senhora das Dores resultou na realização da 34ª Semana
Nacional do Migrante e Refugiado (SNMR) em Fortaleza, Ceará. Em sintonia com a
Campanha da Fraternidade, a SNMR teve como tema “Migrações e Políticas
Públicas”.
Segundo a Irmã Idalina Pellegrini,
irmã missionária scalabriniana e animadora da Pastoral dos Migrantes de
Fortaleza, a Semana Nacional do Migrante e Refugiado “é um momento de
sensibilização da sociedade sobre a realidade que vivem os irmãos e irmãs que
estão em situação de migração e refúgio”. Para a religiosa, a ação dessa semana
é também um momento “para evidenciar essa realidade muitas vezes
invisibilizada, mostrá-la em suas dificuldades e complexidades, mas também
visibilizar a riqueza de cultura e, promover, assim, integração”.
Atividades culturais, momentos de
formação, campanhas solidárias e ação social compuseram a programação da
semana, que culminou com uma celebração que reuniu pessoas de diferentes
nacionalidades. No encerramento da semana aconteceu um dia de ação social na
Paróquia Nossa Senhora das Dores. A atividade reuniu migrantes e voluntários
que se organizaram em diferentes frentes de serviço, como saúde,
empregabilidade, estética e cuidados integrativos.
O trabalho em rede e o voluntariado
jovem foram características dessa ação, que, segundo Jeanine Morais, paroquiana
de Cristo Rei e colaboradora do CIJ, “reuniu jovens de diferentes paróquias e
grupos em um objetivo comum: ajudar o próximo, amar e servir”. Para a jovem,
que é famacêutica e, durante a ação social, colaborou na triagem dos serviços
de saúde, “ações como essa podem ajudar as pessoas a prevenir problemas de
sáude, identificando e encaminhando questões mais urgentes e orientando e
auxiliando no acesso aos serviços e exames básicos”.
Adama Sambe Nafantchamna,
jovem da Guiné-Bissau e residente há dois anos na capital cearense, participou
das diferentes atividades da programação da semana do migrante e da ação
social, onde teve acesso à massoterapia e consultas médicas e odontológicas. A
guineense partilhou da saudade que sente do seu país e da sua família, mas
também da alegria pela acolhida e acompanhamento vivenciados através das ações
da Pastoral dos Migrantes e parceiros.
Segundo Frei
Elias, OFM, “o Evangelho nos dá força e nos motiva a estar à serviço da
vida e da dignidade humana, desde as ações de garantia aos direitos mais
básicos à promoção da fraternidade, a partir da integração, do fortalecimento
das relações e da proximidade entre as pessoas”. Para o frei, essas ações são
capazes de “quebrar muros e criar pontes de encontro, amor e afeto, como nos
convida o Papa Francisco aos falar dos migrantes”.
Irmã Idalina
também cita o pontífice ao falar do objetivo da Pastoral do Migrante: “acolher, proteger, promover,
integrar e celebrar”. Segundo a missionária, “o migrante denuncia um sistema
econômico que não está dando certo, é excludente e vai na contra-mão do projeto
de Deus para a humanidade.” A Pastoral do Migrante é “uma ação específica da
Igreja na missão de acolher, proteger e encaminhar para todos os serviços
públicos que todo migrante ou refugiado tem direito. Essa acolhida e
acompanhamento consiste na documentação, moradia, trabalho, alimentação e
demais necessidades básicas”, explica.
Para a equipe que organizou e animou
as ações da SNMR, o fortalecimento do trabalho em rede e a sensibilização da
sociedade para a realidade do migrante são os principais legados alcançados.
Agregar novos voluntários, instituições e agentes pastorais, ampliar o serviço
oferecido aos migrantes e avançar na promoção e garantia dos seus direitos são os
sonhos que animam a caminhada dessa rede de amor e serviço.
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