Edital - Contratação Assistente de Comunicação

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O Programa MAGIS Brasil, ação apostólica da Companhia de Jesus – Jesuítas (ordem religiosa pertencente à Igreja Católica) criada para oferecer experiências, formação e acompanhamento ao público jovem, publica edital para contratação de um(a) Assistente de Comunicação para trabalhar em Fortaleza (CE).

Interessados/as devem enviar currículo e portfólio para comunicacaomagis@jesuitasbrasil.org.br até dia 18 de junho de 2021.

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Dia Mundial do Meio Ambiente 2021


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Tratar do Dia Mundial do Meio Ambiente sempre é um exercício de buscar compreender a amplitude da vida. Tanto este dia (5) quanto esta semana dedicada ao tema – anualmente a primeira de junho – e também o mês são todos bastante representativos para muitas pessoas. É quando se multiplicam uma infinidade de falas e práticas. De esperanças.

E saber que tudo isso começou bem antes de 1972, na Conferência de Estocolmo, Suécia, a partir das tribos e povos originários, com suas milenares culturas praticadas nesse mundão chamado Mãe-Terra. Igualmente, a partir das revoltas principiadas por tantos povos escravizados e colonizados em todas as grandes massas continentais da Casa Comum. Também com o início do movimento de Contracultura, na década de 1960, e tantas outras formas de protestar, reivindicar e buscar por plena justiça às diferentes sociedades e aos plurais territórios, estes que proporcionam um ‘meio’ às distintas formas de vida – o meio ambiente.

A presente data necessita cada vez mais ser marcada por duas "grandes avenidas permeáveis": uma sendo representada pela consciência e outra pela participação/ação política. Essas duas "avenidas" não podem ter blocos de concreto separando-as, mas, sim, organismos e participação humana em benefício da vida, do amor e da misericórdia. Somente por via de processos de conscientização e educação obteremos o êxito da conversão ecológica de pessoas e instituições – um trabalho de base e que nunca foi e será fácil. 

A outra via se refere a conquistar melhorias significativas para o meio ambiente, ou melhor, a conquistar melhorias para tudo na vida – seja nos aspectos pessoal, comunitário ou planetário. É a via do engajamento político, por meio das escolhas, participações e atitudes cotidianas em defesa da restauração dos ecossistemas.

É fundamental que, ao relembrarmos e revivermos o Dia (e a Semana) Mundial do Meio Ambiente, sempre reconheçamos que não é só uma data ou uma semana como todas as outras, mas, sim, uma imersão na história do nosso planeta. A história de tantos seres humanos que entregaram a vida pelo mundo conhecido (e desconhecido); por aquelas pessoas próximas – mas também pelas mais distantes; pelas mudanças nas realidades que representavam, e ainda representam, graves riscos e injustiças socioambientais, assim como severos desequilíbrios ecológicos. 

Não é só uma data ou uma semana, mas uma história global em construção que uma parcela da humanidade tenta despertar a partir de uma tomada de consciência ecológica de todas e todos – história essa já composta por inúmeras conferências internacionais sobre o meio ambiente, a exemplo da Eco-92, Rio+10, Rio+20 e as Conferência das Partes.

Parar e refletir sobre a Semana Mundial do Meio Ambiente (SMMA) é também um exercício de revermos nossas origens, sabermos o porquê e para quê viemos ao mundo, sempre prezando pela amabilidade e empatia a tudo e a todos naquilo que é mais essencial: a manutenção e preservação da vida! 

Precisamos reconhecer que esse momento igualmente não é só mais uma data para ambientalistas ou profissionais que estão envolvidos com as ciências ambientais e sociais. Representa um dia, uma SMMA, um mês ambiental para que cada pessoa reveja o que estamos fazendo enquanto sociedade e o que queremos, juntas e juntos, para o nosso mundo. Não há mais espaço para ficarmos postergando as mudanças de atitude e deixarmos o fardo nas mãos das chamadas "gerações futuras". Não dá mais para nos calarmos e muito menos deixarmos "que a boiada passe".

Hoje é o dia! Dia de nos reconhecermos como indivíduos que viemos ao mundo para praticar o Bem (Comum). Hoje é o dia de olharmos – não como observadores, mas como transformadores benevolentes – para a história de uma grande sociedade, composta por múltiplos seres humanos que ocupam, usam e criam distintos laços com o meio ambiente. Este, por sua vez, detentor de traços geológicos e tão peculiares, mas que jamais devem ser excluídos das Mãos Divinas de uma Criação.

Desse modo, o Centro Magis Inaciano da Juventude (CIJ) faz o convite a praticarmos para com o mundo e, indistintamente, aos irmãos e irmãs da Terra, as três dimensões programáticas do Eixo de Justiça Socioambiental do Programa Magis Brasil: conhecer, amar e servir. Não amamos aquilo que não conhecemos. E somente com/por uma conversão amorosa é que conseguimos disponibilizar todos os nossos dons e bens a serviço do bem uno e dessa generosa e acolhedora Casa Comum.

Texto: Assis Filho.
Edição: Diego Barbosa

Escola de Formação Liderando em Tempos Difíceis

Aconteceu entre os dias 05 de julho e 16 de agosto a Escola de Formação Liderando em Tempos Difíceis com o objetivo de oferecer aos jovens líderes, participantes ou colaboradores ativos de diversos grupos, uma base para que mantivessem a luz dos grupos e dos jovens acesa e que pudessem passar pelo período de isolamento social sem deixar que os grupos jovens perdessem sua dinâmica, suscitando o ânimo e apresentando conhecimentos necessários para enfrentar os desafios com os quais se deparassem.

O apelo para a articulação da Escola veio da observação das dificuldades pelas quais os grupos juvenis passavam nessa realidade de pandemia e distanciamento social. Tiago Cedraz, 24, de Riachão do Jacuípe (BA), um dos jovens líderes participantes da Escola, apontou como desafio desse tempo a necessidade de repensar a atuação junto aos jovens para um âmbito virtual, visto que é um “mundo de tantas distrações e atrações”. Taís Bezerra, 19, de Fortaleza (CE), também participante da Escola, aponta uma dificuldade semelhante: “outro desafio grande é manter a juventude estimulada, que muitas vezes se dispersa pela falta do encontro presencial, pois algumas pessoas têm dificuldade de se manter concentradas nos encontros online, ou em casa há muito barulho e nem sempre é possível participar, entre outros contratempos. Além disso, desenvolver atividades que sejam interessantes mesmo à distância, virtualmente, além de pensar em estratégias para despertar, por exemplo, a percepção de Deus por meio dos sentidos, muito presente na espiritualidade inaciana, também é um desafio, visto os recursos limitados que temos por meio da tela, que se limitam ainda mais com questões como internet oscilante, aparelhos sem microfones, entre outros fatores”.

Outro fator importante apontado como desafio pelos jovens foi o efeito psicológico do distanciamento imposto pela pandemia. Sobre isso Fernanda Queiroz, 19, de Salvador (BA), comentou o seguinte: “penso que os maiores desafios observados para o trabalho com a juventude nesse tempo de pandemia são os impactos causados pela distância: a falta de amparo psicológico, o cansaço físico e mental que muitos enfrentam por lidar com uma dupla/tripla jornada”. O cuidado com a saúde mental dos jovens também foi apontado como desafio por Taís Bezerra, que completou falando da ausência de jovens em atividades virtuais na sua Paróquia, por conta da ansiedade que tinham em ouvir algo relacionado ao Coronavírus e ainda outros que passaram por momentos difíceis por conta do isolamento.

Diante desse cenário foi oferecido um itinerário formativo que possibilitasse aos jovens líderes ampliar o horizonte de ação para com os grupos onde atuam. Assim, foram refletidas e aprofundadas as seguintes temáticas: realidades juvenis, desenvolvimento psicoafetivo e saúde mental, liderança, comunicação, projeto de vida e espiritualidade. Cada um desses temas foi trabalhado em um encontro online bem dinamizado e enriquecedor com a ajuda de jovens facilitadoras e jesuítas que colaboram no Programa MAGIS em diversas partes do país.

Sobre os temas tratados na Escola, Fernanda chamou atenção para o fato de serem todos muito interligados e o como a cada domingo, nos encontros, uma nova abordagem sobre determinado assunto era apresentada, enriquecendo a visão dos participantes. Já Taís pontuou sobre seu gosto pelas ações do Programa, “porque elas sempre me fazem olhar para fora, para o que acontece ao meu redor, e depois olhar para dentro, perceber como aquilo me afeta e me move internamente”. Também falou sobre os conhecimentos adquiridos ao longo da formação e os impactos para si: “Os temas abordados expandiram meu olhar acerca do trabalho e serviço aos/às jovens, me mostrando desafios que eu não conhecia e, ao mesmo tempo, novas possibilidades. Dentre os diversos aprendizados que tive, acho que um dos mais importantes foi a noção de liderança que passei a ter, como sendo uma liderança conjunta, que acompanha passos e abre espaço para novas tomadas de iniciativa e protagonismos”.

Sobre a Escola de Formação o coordenador do Programa MAGIS Brasil e secretário de Juventudes e Vocações da Companhia de Jesus da Província do Brasil, Padre Jean Fábio, SJ, ressaltou o ânimo sentido com a atividade e falou que ela concretiza o que está na missão do Programa em relação a promover atividades para as juventudes e estar junto deles e delas, em forma de rede, em colaboração com outros. Citou ainda uma frase de Dom Hélder Câmara que diz que os tempos de crise são também tempos de descobrir caminhos novos, afirmando que enxerga na Escola uma trilha nova para chegar até os e as jovens.

Ao fim da atividade os jovens compartilharam o que representou para eles a participação no processo formativo. Fernanda falou: “eu pude aprender muita coisa nova e continuar a minha jornada de autoconhecimento. Além disso, com certeza foi uma oportunidade que me fez ganhar novas ferramentas para me aprimorar como líder e como pessoa, buscando sempre ser mais humana e entender as outras realidades - principalmente juvenis - que me cercam”. Já Taís partilhou que: “venho entendendo como é importante termos consciência das diversas realidades que ocorrem ao nosso redor, das diferentes oportunidades, ou falta delas, enfrentadas por tantas pessoas e, ao mesmo tempo, das possibilidades que temos de atuação nesses meios, como forma de trabalharmos na construção do Reino de Deus aqui mesmo e agora. E a Escola de Formação me proporcionou isso. Deixo aqui meus agradecimentos à equipe da Escola de formação e minha gratidão pela oportunidade que me foi dada de viver tudo isso e de me conectar mais com Deus. Obrigada!”

A Escola de Formação Liderando em Tempos Difíceis, iniciativa dos Espaços Magis do Núcleo Bahia - Salvador, Padre Popó e Capim Grosso, foi organizada em parceria com outras presenças do Programa MAGIS no Nordeste - Centro MAGIS Inaciano de Juventude, Espaço MAGIS Padre Fayos e Espaço MAGIS Teresina, através de um fecundo trabalho em rede. Os encontros formativos foram realizados por meio de uma plataforma de reuniões online e contou com a presença de jovens oriundos de treze cidades de seis estados diferentes: Salvador, Feira de Santana, Capim Grosso, Riachão do Jacuípe e São José do Jacuípe (BA); Teresina e Picos (PI); Recife (PE), Fortaleza, Russas e Quixeré (CE); além de São Paulo (SP) e Belém (PA).