Dia Mundial do Meio Ambiente 2021

11:09 casainacianadajuventude 1 Comments


Site


Tratar do Dia Mundial do Meio Ambiente sempre é um exercício de buscar compreender a amplitude da vida. Tanto este dia (5) quanto esta semana dedicada ao tema – anualmente a primeira de junho – e também o mês são todos bastante representativos para muitas pessoas. É quando se multiplicam uma infinidade de falas e práticas. De esperanças.

E saber que tudo isso começou bem antes de 1972, na Conferência de Estocolmo, Suécia, a partir das tribos e povos originários, com suas milenares culturas praticadas nesse mundão chamado Mãe-Terra. Igualmente, a partir das revoltas principiadas por tantos povos escravizados e colonizados em todas as grandes massas continentais da Casa Comum. Também com o início do movimento de Contracultura, na década de 1960, e tantas outras formas de protestar, reivindicar e buscar por plena justiça às diferentes sociedades e aos plurais territórios, estes que proporcionam um ‘meio’ às distintas formas de vida – o meio ambiente.

A presente data necessita cada vez mais ser marcada por duas "grandes avenidas permeáveis": uma sendo representada pela consciência e outra pela participação/ação política. Essas duas "avenidas" não podem ter blocos de concreto separando-as, mas, sim, organismos e participação humana em benefício da vida, do amor e da misericórdia. Somente por via de processos de conscientização e educação obteremos o êxito da conversão ecológica de pessoas e instituições – um trabalho de base e que nunca foi e será fácil. 

A outra via se refere a conquistar melhorias significativas para o meio ambiente, ou melhor, a conquistar melhorias para tudo na vida – seja nos aspectos pessoal, comunitário ou planetário. É a via do engajamento político, por meio das escolhas, participações e atitudes cotidianas em defesa da restauração dos ecossistemas.

É fundamental que, ao relembrarmos e revivermos o Dia (e a Semana) Mundial do Meio Ambiente, sempre reconheçamos que não é só uma data ou uma semana como todas as outras, mas, sim, uma imersão na história do nosso planeta. A história de tantos seres humanos que entregaram a vida pelo mundo conhecido (e desconhecido); por aquelas pessoas próximas – mas também pelas mais distantes; pelas mudanças nas realidades que representavam, e ainda representam, graves riscos e injustiças socioambientais, assim como severos desequilíbrios ecológicos. 

Não é só uma data ou uma semana, mas uma história global em construção que uma parcela da humanidade tenta despertar a partir de uma tomada de consciência ecológica de todas e todos – história essa já composta por inúmeras conferências internacionais sobre o meio ambiente, a exemplo da Eco-92, Rio+10, Rio+20 e as Conferência das Partes.

Parar e refletir sobre a Semana Mundial do Meio Ambiente (SMMA) é também um exercício de revermos nossas origens, sabermos o porquê e para quê viemos ao mundo, sempre prezando pela amabilidade e empatia a tudo e a todos naquilo que é mais essencial: a manutenção e preservação da vida! 

Precisamos reconhecer que esse momento igualmente não é só mais uma data para ambientalistas ou profissionais que estão envolvidos com as ciências ambientais e sociais. Representa um dia, uma SMMA, um mês ambiental para que cada pessoa reveja o que estamos fazendo enquanto sociedade e o que queremos, juntas e juntos, para o nosso mundo. Não há mais espaço para ficarmos postergando as mudanças de atitude e deixarmos o fardo nas mãos das chamadas "gerações futuras". Não dá mais para nos calarmos e muito menos deixarmos "que a boiada passe".

Hoje é o dia! Dia de nos reconhecermos como indivíduos que viemos ao mundo para praticar o Bem (Comum). Hoje é o dia de olharmos – não como observadores, mas como transformadores benevolentes – para a história de uma grande sociedade, composta por múltiplos seres humanos que ocupam, usam e criam distintos laços com o meio ambiente. Este, por sua vez, detentor de traços geológicos e tão peculiares, mas que jamais devem ser excluídos das Mãos Divinas de uma Criação.

Desse modo, o Centro Magis Inaciano da Juventude (CIJ) faz o convite a praticarmos para com o mundo e, indistintamente, aos irmãos e irmãs da Terra, as três dimensões programáticas do Eixo de Justiça Socioambiental do Programa Magis Brasil: conhecer, amar e servir. Não amamos aquilo que não conhecemos. E somente com/por uma conversão amorosa é que conseguimos disponibilizar todos os nossos dons e bens a serviço do bem uno e dessa generosa e acolhedora Casa Comum.

Texto: Assis Filho.
Edição: Diego Barbosa

“A.M.D.G"

Um comentário: