Voluntariado Jovem de média duração: Acolhida e formação marcam o primeiro mês das experiências
“Faz um mês que saí da minha casa, em Medellin, rumo ao
ainda desconhecido, leve de bagagem e também de expectativas, não porque não espero muito dos próximos seis meses,
mas porque as experiências anteriores me indicam que qualquer expectativa é
sempre superada pela realidade e que chegar sem esperar é estar disposta a se
surpreender”. Assim partilhou a jovem Isabel Perez, que tem dupla nacionalidade
(Colombiana e Brasileira) e é uma das voluntárias do Programa MAGIS Brasil.
Durante seis meses, ela e mais cinco jovens farão uma experiência de
voluntariado e inserção sociocultural de média duração.
A
jovem Mônica Cordeiro, de Russas (CE) vivencia o voluntariado em Belém (PA) e
partilhou que o primeiro mês “foi de integração com as equipes, inserção
cultural e realização de primeiros contatos com a missão a ser realizada nas
terras amazônicas”. A jovem ressaltou que, “além de auxiliar nas atividades do
Centro MAGIS Amazônia, contribuirá com as atividades do
Centro Alternativo de Cultura (CAC), que desenvolve atividades junto às
crianças e adolescentes que estão nas periferias de Belém, colaborando com o
seu processo de formação humana, afetiva e social”.
Fabrício Carmona, (Tupãssi-PR),
também vive a experiência em Belém. Para ele, “o primeiro mês de voluntariado
foi marcado pela acolhida”. O voluntário partilhou ainda que sentiu “as pessoas
muito receptivas e a culinária encantadora”, além disso, ressaltou que “o
convívio no Centro Magis Amazônia e com a Mônica tem fluído bem e certamente
será fundamental na experiência”.
Em
Fortaleza (CE), a jovem Bábara Appolinário (Babi), de São Paulo (SP), foi
acolhida no Centro MAGIS Inaciano da Juventude (CIJ) ,
onde, junto ao voluntário Francicleudo Salustiano
(Cleudo), de Manaus (AM), se dedicará ao trabalho com a Pastoral do Povo em
Situação de Rua. Babi relatou que “veio de São Paulo para Fortaleza com o
coração aberto, sem perguntas ou expectativas, apenas queria vivenciar a
experiência […] nesse primeiro mês me aproximei bastante dos jovens do CIJ, que
têm me ensinado muito sobre o Centro MAGIS, sobre Fortaleza e os dialetos do
Ceará, afinal, o voluntariado também é inserção sociocultural!”.
O primeiro mês das experiências foi marcado também por
formação, etapa inicial e fundamental para o desenvolvimento do voluntariado.
Os (as) jovens conheceram um pouco a realidade e os contextos onde estão
inseridos (as) e participaram de encontros e formação junto aos locais onde
farão o voluntariado.
Isabel Perez, antes de seguir para o voluntariado em Boa
Vista, participou do Curso sobre Realidade Amazônica em Manaus, atividade
organizada pelo Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia
(ITEPES), em parceria com a CNBB Norte 1, a Comissão Episcopal da Amazônia e em
comunhão com a REPAM (Rede Eclesial Panamazônica). Na capital de Roraima,
Isabel é voluntária no Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR). Ela partilhou
que, no curso, além das aulas, participou de uma inserção em comunidades
ribeirinhas do municipio de Careiro da Várzea. “Esses
dias (de curso) muito ajudaram para perceber como a realidade amazônica toca e
transforma permanentemente a Igreja e suas maneiras de trabalhar e evangelizar”,
ressaltou a jovem.
Mônica afirmou que espera “colaborar da melhor forma
possível com a missão do MAGIS na Amazônia e, a partir das experiências
vividas, construir um projeto de vida mais sólido, onde o fio condutor seja o magis para e com os demais”. Fabrício
partilhou o desejo de que a experiência do voluntariado seja “edificante e que
ajude a trilhar os caminhos com mais sabedoria, consciência e generosidade”.
Até o final de julho os (as) jovens viverão intensamente
o voluntariado e a inserção sociocultural, experiência marcada, segundo Babi,
“pelo ser presença verdadeira e significativa em meio aos que mais sofrem, pela
troca de experiências e pelo viver a Igreja em saída”.
Mônica em atividade.
Mônica e Fabrício em atividade do Centro MAGIS Amazônia.
Babi conhece Fortaleza, juntamente com Hermerson, da turma anterior.
Isabel em atividade de Inserção.
“Mais sobre o Voluntariado MAGIS”
O Voluntariado Jovem e Inserção Sociocultural é um dos
cinco eixos do Programa MAGIS. Além da modalidade de média duração, há o
voluntariado pontual, onde os (as) jovens se dedicam ao serviço voluntário
durante um curto período (um final de semana, quinze dias ou um mês); e o
voluntariado permanente, onde o (a) jovem se dedica de forma continuada a um
serviço voluntário, incorporando a cultura do voluntariado em seu projeto de
vida.
O Voluntariado MAGIS deseja colaborar nos processos
formativos dos (as) jovens, tendo em vista a formação de homens e mulheres para os demais,
comprometidos com os empobrecidos e injustiçados..
As
experiências do Voluntariado MAGIS acontecem nas fronteiras, sejam elas
geográficas, econômicas, sociais ou existenciais. Acontecem onde outros não
querem ou não podem ir. A partir da pedagogia e da espiritualidade inaciana, os
(as) jovens vivenciam experiências fundantes e transformadoras, onde são
acompanhados (as) desde as suas necessidade, desejos e potencialidades.
Nesse
início de 2018 foram iniciadas articulações para a ampliação das modalidades do
Voluntariado Jovem: Voluntariado Universitário - VOU, (experiência
já realizada pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP) e Voluntariado
Internacional.
Parabéns jovens missionário pela disponibilidade em serviço Reino de Deus onde mais precisa. Que o Espírito Santo ilumine a experiência de cada um em particular, especialmente meu querido sobrinho Fabrício. Abraços e abençoada missão
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